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A dinâmica do magnésio no solo

O Ciclo do Magnesio

O magnésio ocorre no solo em três diferentes formas ou frações, a saber:

  • Íons Mg2+ na solução do solo, correspondendo tipicamente a 1% do teor total de magnésio no solo.
  • Magnésio trocável, adsorvido nos sítios de troca catiônica das partículas coloidais de argilominerais e da matéria orgânica, correspondendo a 1,9% do teor de total de magnésio.
  • Magnésio não trocável, inerte, “aprisionado” dentro da estrutura cristalina dos minerais que compõem o solo. Esta fração é majoritária e corresponde a 90-98% do magnésio total presente nos solos [1].

Somente as duas primeiras frações são disponíveis para as plantas. Os íons na solução do solo são diretamente absorvidos pelas raízes. Existe um equilíbrio dinâmico entre Mg-solução e Mg-trocável que garante um constante reestabelecimento da solução do solo pelas partículas de argila e da matéria orgânica. Em contraste, apenas uma fração pequena da grande reserva de magnésio estocada na estrutura cristalina dos minerais é disponibilizada para a forma trocável/solúvel. Tipicamente, o aporte advindo dos minerais representa menos de 5 kg MgO/ano.

Considerando uma escala de tempo geológica, a ação das condições climáticas e biológicas que resultam na solubilização dos nutrientes, denominada intemperismo, é um processo muito lento e deficitário para o fornecimento do magnésio no tempo e nas quantidades demandadas pela agricultura moderna. O balanço de massa da dinâmica do magnésio nos solos é apresentado esquematicamente na Figura 1 [2].

O objetivo da fertilização é fornecer pelo menos a quantidade de magnésio que é exportada pelas colheitas e manter ou melhorar a fertilidade, levando em consideração as perdas naturais por lixiviação.

Referências Bibliográficas

[1] M. Senbayram, A. Gransee, V. Wahle, and H. Thiel, “Role of magnesium fertilisers in agriculture: Plant-soil continuum,” Crop Pasture Sci., vol. 66, no. 12, pp. 1219–1229, 2015.
[2] R. Mikkelsen, “Soil and Fertilizer Magnesium,” Better Crop., vol. 94, no. 2, pp. 26–28, 2010.
[3] J. B. Matiello, R. Santinato, A. W. R. Garcia, and S. R. Almeida, Cultura de café no Brasil – Manual de Recomendações, 7th ed. Varginha – MG: Fundação Procafé, 2015.